Pra quem ainda tem dúvidas do poder de uma novela, basta olhar o que o sucesso de “Carrossel” fez com o SBT.
A emissora de Silvio Santos, que desde 2007 não sabia o que era
ficar na vice-liderança de audiência por três dias no mesmo mês, foi o
segundo colocado na Grande São Paulo em 14 dos 30 dias de junho. Neste
mês de julho, até o dia 20, conseguiu por 18 vezes ficar em segundo no
ranking do Ibope. Não é absurdo dizer que o SBT retomou a vice liderança
de audiência.
E não para por aí. “Carrossel” vem fazendo com que outros programas
se saiam bem. No dia 4 deste mês, por exemplo, a novela ficou com 12
pontos, o "Cine Espetacular" marcou 11 de média e o “Programa do
Ratinho” conseguiu 8 pontos no Ibope.
Seguindo essa linha de pensamento, fica mais fácil entender o
porquê de “Máscaras” ser considerada o wikmaior fracasso da Record. E
não é equivocado dizer que a novela de Lauro César Muniz tem grande
responsabilidade nesta fase ruim do canal de Edir Macedo – não tirando o
mérito de “Carrossel” pelo sucesso.
“Máscaras” não deu certo e pronto. Isso tem que ser admitido. É uma
novela bem feita, mas com texto e história que não agradam nem chamam
atenção do telespectador. Uma emissora vive de mercado, não de arte.
Então, audiência é fundamental para qualquer produto.
Entretanto, é interessante ver que a Record está tentando reagir
nessa história e percebeu que são nas novelas que está qualquer chance
de se reerguer. “Passado Próximo”, que substituirá “Máscaras”, terá
vários atores da Globo que foram contratados nas últimas semanas, será
escrita por uma autora (Gisele Joras) que sabe escrever para todos os
públicos e, revelada em 2008 pela Record, tem no currículo grandes
sucessos, como "Bela, a Feia”.
As emissoras investirão tudo na dramaturgia, ainda mais agora. O
SBT, que descobriu que é capaz de fazer uma novela bem feita, após
muitos anos, e a Record, que precisa voltar à disputa, se não quiser
tornar esta situação a definitiva.
“Carrossel” e “Passado Próximo” são as esperanças, tanto para o SBT como para a Record.
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